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A alta demanda chinesa pela carne brasileira fez o preço da carne subir nas gondolas dos principais supermercados brasileiros. Mas este aumento não se restringe apenas ao consumidor final. “O preço pago subiu para todo mundo”, explica Gabriel Moraes, diretor comercial do Frigorífico Silva, indústria genuinamente gaúcha referência nacional quando o assunto é carne premium e que também tem sentido a valorização da arroba do boi, que já bateu recordes e chega a ser negociado por R$ 230.
“Isso acontece porque os frigoríficos que não exportam seus produtos para a China tiveram que brigar com as indústrias habilitadas na compra deste boi. Ou seja, o preço pago pela matéria-prima subiu para todo mundo, da indústria ao consumidor final”.
O cenário, entretanto, conforme Moraes, não irá normalizar como era, porque antes o Brasil tinha excedente de carne. “Como não havia essa demanda aquecida estrangeira, sobrava produto no mercado interno e, por consequência, pecuarista insatisfeito com o boi super desvalorizado”.
A tendência é que em 2020 o mercado feche num patamar estável, se acomodando naturalmente numa faixa de preço intermediário. “Carne não irá faltar na mesa de ninguém. Ela apenas estará mais bem valorizada e o consumidor terá que pagar um valor diferenciado por ela”.
Entretanto, fechando o foco na produção de carne gaúcha, parece fácil perceber que a via a ser percorrida neste momento é a da diferenciação. “O foco da disputa para a carne gaúcha no mercado nacional e internacional deve ser a carne com alto valor agregado (...) e estamos felizes com o cenário novo que está se construindo, pois estava na hora do boi ser mais valorizado. Nós sempre trabalhamos para agregar valor à carne e acredito que vamos caminhar para um novo patamar”, completou.
Ascom Frigorífico Silva
Abaixo, conteúdo extraído do Jornal Zero Hora nesta quinta-feira, dia 5 de dezembro